Aspergir as cinzas dos retratos das paisagens que nunca visitei sobre meu corpo;
Colocar os anéis de compromisso que não tive em meus dedos, todos os mil;
Pentear meus cabelos como no casamento que não consagrei, como no nascimento de meus filhos abortados;
Resgatar os segredos das cartas de amor velhas e amassadas, e recita-las para os presentes ao velório;
Cuspir sobre meu corpo pela vergonha de tê-lo;
Me olhar com desdém como sempre o fizeram;
Agora nada Muda.
Sigam meus conselhos.
Para o meu velório perfeito.
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