- Azul.
Contei minha vida
Aos pombos azuis da praça,
Assim,
Sem pudores
Sem migalhas,
Como quem lê um livro aos surdos,
Só pelo puro prazer de vê-los tentando ouvir.
E como eles devoraram
meus olhos,
minha língua,
meu coração,
no mais belo ato de piedade
que já houve.
Porque às vezes a ausência faz com que tenhamos que falar com as paredes - ou com os pombos, no caso. E daí podemos descobrir que talvez eles sejam melhores ouvidos que os humanos...
ResponderExcluirSempre te ouvirei. SEMPRE.
devorar-se para poder-se...a vida é um pássaro....que belo poema1
ResponderExcluirrealmente...um belo poema
ResponderExcluirabraço
Não consigo não parar pra ler isso toda vez que venho aqui.
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